We’ve updated our Terms of Use to reflect our new entity name and address. You can review the changes here.
We’ve updated our Terms of Use. You can review the changes here.

O Sangue da Noite

by Sartegos

/
  • Streaming + Download

    Includes unlimited streaming via the free Bandcamp app, plus high-quality download in MP3, FLAC and more.
    Purchasable with gift card

      €6 EUR  or more

     

1.
2.
SANGUE E NOITE Lua solsticial, deusa e rainha, pálido reflexo nas negras águas. Nai das artes do outro lado, as artes do eclipse. Abre a porta, abre a porta à noite. Noite, mostra o esplendor, um abraço de negrume e mistério. Deixa que a daga rasgue o teu véu. Noite, o teu sangue flue, noite; cae em fervença sobre este plano, sobre este mundo. Noite, o teu sangue flue, noite; cae em fervença sobre este mundo. Vem esse manto de negrume que enche este Panteom. Bebe o sangue da noite, escuita a sua voz, mira nos seus olhos e escuita a sua voz. Escuita a voz da noite.
3.
LAJES EM TORMENTO E DECADENCIA Eis a espada baixo a água, fria ferrugem esquecida num sentido que já nom é. Eis as lajes orgulhosas no seu banho em sangue, quebradas e profanadas. Eis as lajes. Eis os tempos, do eterno fulgor e a firmeza. Aquelas brilhantes torres, aqueles sendeiros, aquela força com a que ardia. Nestas ferrarias do vazio, já só se martelam pensamentos até que nada fica. Som esses martelos os que anunciam tormento e decadência, a era escura. Eis a cinza, Eis a nada, Eis sofrimento, Eis decadência. Aquelas pétreas lajes, aqueles sendeiros… Já se escuita martelar nas ferrarias, já se escuita bater! E o que antes laje, agora pó; o que antes espada, agora ferrugem.
4.
SOLPOR DOS MISTÉRIOS Bestas do selvagem: vos que recibides os horizontes de sangue, [Sussurrade:] quem é a que vem voando para calmar a sua sede? Bestas do selvagem: vos que lhe ouveades à estrela de Perseo, Sussurrade: qual é o mistério de sonhos e instinto nocturno? Quando luz e escuridade som umha, momento do solpor, o silencio repara nos mistérios. Estrela de Perseo: qual é o nome da que chanta os seus colmilhos na carne? Sussurrade: qual é o mistério das musas que venhem ao solpor? Quando a luz quer dar passo à escuridade alongam-se as sombras e enfria o ar. Bestas de essencia feral, sussurrade: É Ela! O Espirito da Noite! Quando os mortos andam o seu caminho cara o poente é o momento do solpor, o Solpor dos Mistérios.
5.
6.
Arqueiro 06:04
ARQUEIRO O rasto claro, entre lama e folha de negro Novembro. Os olhos cheios de lua [em furtividade], alimentados de fame. E segue, e segue e persegue, e vai atrás dele. E fame, e fame e mais fame, que alimenta a cavalgada, e nem póla, nem tronco, nem terra nem pedra, ham deter as frechas em chamas. O! Arqueiro de 12 asas, o vento da noite recende a sanque, o resplandor do raio a prender nas setas. O guia do próprio destino, entre os estrondos nos céus de negro outono. Os olhos cheios de raios a prender nas setas. Cortam as frechas o ar, reflexo de pensamento, reflexo de palavra. Deixam um alvo em sangue, deixam um alvo em chamas. O! Arqueiro: conheces o raio, conheces o negro outono!
7.
AS DEVESAS SOM DOS LOBOS Fauces em sangue, fita cara o vale e os seus rabanhos da escravidom a adorar as cadeias. Nas devesas da escuridade ti és todo, acovilho da libertaçom. Olhar de lume, nunca queiras a existencia de servidume. Filho de Lucifer, eterno oponhente e inimigo além das luzes: leva o temor aos campos, a aquele que esqueceu o que era. Vigilante e furtivo, o que desgarra a carne, o que morde o osso. Filho da noite, dono do selvagem em eterna soidade: faz da devesa teu trono, da morte entre as folhas, livre o espírito. Entre monte e lua ti és todo, acovilho da noite. E o bafo escapava entre lingua, sangue e cairos. E gélido era o ar da madrugada, teu o enfeitiçante arrepio. Um ouveo que falava, falava e berrava: que as devesas som dos lobos.
8.
BAPHOMET NO RASHULMAT Corno cerval, pai do conhecimento e sopro de toda vida, sempre alheio ao bem e ao mal. Tem de ser destruiçom e criaçom, destronar para entronar. Facho de negra luz, empurra desde as névoas eternas do mais profundo vale até o claro e frio cumio. Ascensom é extenuaçom mas também trono, céu limpo e tormenta, brilhante luz e negra escuridade. Cabeça negra do castrom, alento e ansia, estrondo de cadeias ao partir. Baphomet [no] Rashulmat O sendeiro deixa ver cavorcos para chegar à coroa. Porque é ali, entre pedra e frio vento, onde partem as cadeias. É ali onde está, livre e selvagem, Baphomet no Rashulmat. Cabeça negra do castrom, Alonieco dos cornos: som as antigas sendas as que levam cara ti; levam a um Nemeton de corvos.
9.
POÇO E SERPE Vem o vento do arco dos mortos, vem por carreiro estreito. Vai o nevoeiro entre pedra e folha, vai a descer cara o fundo. Profundo está o poço, negras as águas do abismo, negro o abismo de sangue, negra a fervença. Ela desce, desce e sobe. Ela enrosca-se em mente, contorna-se em corpo, enrola-se em espirito. Baixo as águas abre os olhos ao instinto, águas em primigénia fertilidade. Vem ela da noite dos tempos, vem por regato estreito. Vam as trevas a descer cara o fundo. Forte é o abraço da Serpe, claro caminho ao que sub-jaz ao consciente. Forte é o abraço da Serpe, remuinho cara o sub-jacente. Ela sibila, sibila e abraça e contorna-se. É o corpo, é a mente, é o espirito.
10.

about

To buy a physical copy, write to sartegos@hotmail.com or visit I, Voidhanger and Blood Harvest webstores.

Relased on 12" vinyl and tape through BLOOD HARVEST RECORDS
shop.bloodharvest.se

Relased on CD through I, VOIDHANGER RECORDS
metalodyssey.8merch.com


The time has come now for SARTEGOS to release their debut full-length album, “O Sangue da Noite” (The Blood of the Night), which combines the primitive and abrasive sounds of 90s metal with a tense and sharp songwriting devoted to obscure and morbid atmospheres.
“One of the things I wanted to achieve with this album was to compose dark riffs that one can actually remember, creating an ancient feeling recalling the early-to-mid Nineties metal, and especially the Greek black metal school. That's also why O Sangue da Noite is more black metal oriented than SARTEGOS' previous releases; at least more than As Fontes do Negrume.”

credits

released November 29, 2019

R.MORGADE
Guitar, Bass, Keyboards, Dark Poetry and Voice of the Night

J.FARRÉ
Drums

Cover art and layout by Miguel Sueiro

Partially recorded and mixed by Javi Félez at Moontower Studios.
Mastered by Dan Lowndes at Resonance Sound Studio.

license

all rights reserved

tags

about

Sartegos

Dark Black/Death Metal

contact / help

Contact Sartegos

Streaming and
Download help

Redeem code

Report this album or account

If you like Sartegos, you may also like: